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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sonhar ou não sonhar

A utopia não é o contrário da realidade, faz parte da realidade, ou deveria fazer. Se não houver sonhos na vida das pessoas, o mundo será sempre o mesmo, nada mudará. Não há limites para sonhos, há limites para a realização deles, que podem ser ultrapassados.
O conceito da palavra utopia foi criado por Thomas Morus, com a publicação de um livro com mesmo nome. Utopia seria uma civilização ideal, fantástica e imaginária, é uma fantasia, um sonho, uma ilusão, essa sociedade viveria em paz e em plena harmonia de interesses.
Sonhar com este “mundo perfeito” seria loucura? Alguns diriam que sim, mas esses também diriam que o sonho com riqueza, poder é realidade. Afinal não importa qual o sonho, o importante é sonhar, o desejo por algo faz as pessoas irem atrás da realização, saindo do conformismo.
A ideia de conformismo é gerada através da tendência da ideologia dominante de naturalizar a sociedade atual como a única possível, caracterizando a utopia como mera ilusão. Porém se as pessoas não sonharem com mundos melhores, com realidades diferentes não haverá mudanças.
Portanto, a utopia é necessária em qualquer época e lugar, nunca haverá uma sociedade perfeita, em que as necessidades e desejos de todos sejam atendidos, nunca haverá conformismo de todos e se houver é porque todos deixaram de sonhar. A sociedade não deve se deixar alienar, aceitar o pensamento da elite dominante e se conformar que a realidade presente é a única possível. Sempre deve-se sonhar com o melhor, para buscá-lo.


Ana Clara Paris Kemp – 3ª EM

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O lobo do homem

Expressões do tipo “os políticos são todos corruptos”, “tem que matar todos os presos”, “petralhas”, “coxinhas”, “no Brasil só tem corrupção”, demonstram a gravidade do período que a sociedade brasileira está passando, porém, resta questionar se não seria essa sociedade corrupta!?
Viver em sociedade é essencial para todo cidadão, assim como sua participação ativa na mesma, como já defendia Aristóteles, porém, a cada dia, essa participação se torna perigosa, com cada vez mais discursos de ódio, bombardeados nas redes sociais, ganhando cada vez mais apoio popular, dando espaço ao extremismo e à hipocrisia.
Hobbes, em suas teorias, sempre defendeu que não era a sociedade que corrompia os homens, ela era apenas o reflexo de uma humanidade corrupta. Isso fica comprovado através dos extremos índices de criminalidade durante a “greve” da PM no estado do Espírito Santo, onde “cidadãos” comuns passaram a cometer crimes.
Outro exemplo, e o melhor, é a política e, consequentemente, os políticos. Em uma sociedade democrática, os políticos são eleitos diretamente pela população e, portanto, recebem sua confiança, principalmente quando o eleitor se enxerga no candidato, por terem na maioria das vezes, a mesma opinião. Como já dizia o historiador Leandro Karnal, o “ponto negativo” da democracia é que os eleitos são reflexo de seus eleitores.
Portanto, fica claro que a sociedade é corrupta, pois seus membros são corruptos, usando muitas vezes da hipocrisia para fugir dessa sociedade. Uma forma de melhorar o convívio em sociedade é o incremento de estudos nas escolas relacionados ao convívio social, ligado à filosofia, de modo que o indivíduo faça o certo não por temor à lei, mas por saber discernir entre o certo e o errado.


Hiran Andrioti Salomão Liboni – 3ª EM

Viagem sem sair de casa

Um dos maiores problemas urbanos da atualidade, se não o maior, é a questão da mobilidade urbana. Nas grandes e até nas médias cidades, pessoas comuns, que trabalham principalmente no centro, demoram horas para chegar ao seu local de trabalho, causando estresse e redução da produção econômica.
O problema da mobilidade urbana no Brasil pode ser considerado até mesmo crônico, já que tem origem histórica. Basta ver a matriz de transportes comerciais, por exemplo, sendo que os investimentos em ferrovias e hidrovias são quase nulos e a maior parte das mercadorias são transportadas por caminhões, que causam transtornos e congestionamentos dentro e fora da cidade.
Outro fator que prejudica a eficiência da mobilidade é a falta ou baixa quantidade de ciclovias e/ou calçadas planas e largas, já que, em quase todas as cidades brasileiras, as calçadas são irregulares, com obstáculos e desníveis que chegam a ser perigosos para os pedestres, desencorajando o seu uso e aumentando o número de carros em circulação.
Outros fatores que mais influenciam na piora e ineficiência da mobilidade urbana são a péssima qualidade do transporte público e a ineficiente segurança pública. Enquanto o primeiro causa o aumento do uso de veículos particulares, o segundo causa medo nos cidadãos, o que faz com que não saiam a pé, mesmo em ocasiões onde o destino é próximo.
Por fim, fica evidente que o problema da mobilidade urbana é complexo e que para melhorá-lo, é necessário investimentos em transporte coletivo, segurança pública, qualidade das vias e calçadas, de modo a gerar um incentivo e qualidades favoráveis, de forma com que os cidadãos colaborem por livre e espontânea vontade na eficiência da mobilidade urbana, priorizando o transporte público.


Hiran Andrioti Salomão Liboni – 3ª EM

Cidadão x Indivíduo

Viver em sociedade significa muito mais do que assistir aos acontecimentos, requer a verdadeira participação, intervenção, é um dever complexo de todo indivíduo que se denomina cidadão. Só aquele que se insere verdadeiramente na sociedade, principalmente na política, pode expressar seu direito de interferir nas mudanças e decisões, porém esses cidadãos estão cada vez mais escassos e os indivíduos estão tornando-se alienados e cada vez mais contra a própria atividade política.
O problema principal está na visão equivocada do homem em relação à política. Com base no pensamento de Aristóteles, o homem só é completo com a participação política, o homem é um “animal cívico”, portanto é dever do cidadão estar sempre a par dos acontecimentos, além do mais, o próprio Estado é constituído pelo homem, sua participação é essencial. Por isso, essa visão negativa a respeito da política é maléfica à própria sociedade, os indivíduos confundem política com politicagem, criando uma “barreira” entre o homem e o Estado, sem participação, aumento da alienação, e tudo isso torna-se um ciclo vicioso.
O fato do homem cultivar esse “ódio” pela política, aumenta cada vez mais a distância entre o cidadão e o Estado, essa alienação acaba formando indivíduos sem valores e ética, o que é confirmado a partir do pensamento de Hobbes. O filósofo afirmava que o Estado é o poder comum, capaz de manter a ordem, sem essa força externa, os indivíduos tendem ao confronto, guerra de todos contra todos. Esse pensamento é comprovado pela situação que o Espírito Santo vivenciou em fevereiro deste ano, sem a força policial para controlar os indivíduos, o Estado ficou um caos, civis roubando e matando, descontrolados. Essa situação mostra claramente que o distanciamento do Estado pelo cidadão, é como a quebra do contrato social, nessa distância não há valores, ética ou ordem.
Portanto, a participação ativa na política está diretamente ligada à ordem da vida em sociedade, o contrato social só é benéfico para o cidadão que realmente está inserido na sociedade, tanto pelas ações, quanto pelos valores, uma forma de sanar esse problema está na base do cidadão, ou seja, melhoria e aprofundamento dos estudos, principalmente filosóficos e sociológicos, para a formação de discernimento para fazer o certo pela ética, ao contrário, é apenas um indivíduo, “lobo do próprio homem”.


Giovana Tieme Paião Turuta – 3ª EM

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Um grande problema

A constituição brasileira garante aos seus cidadãos o “direito de ir e vir”, mas transitar nas cidades brasileiras se torna uma dificuldade muitas vezes. A lotação de transportes individuais nas ruas e a ineficácia do transporte coletivo, de má qualidade, dificulta a mobilidade urbana. A maior razão para isso acontecer é a falta de planejamento das cidades.
A urbanização brasileira foi um processo muito rápido e não esperado. Como consequência disso, hoje as cidades sofrem com problemas de mobilidade, pois não houve um planejamento. O governo brasileiro escolheu privilegiar o modo rodoviário como estrutura de transporte e deslocamento, o chamado rodoviarismo, durante o processo de industrialização brasileira no governo de JK.
É esperado do governo a implantação de um sistema de transporte público de qualidade, o que não acontece. Isso dificulta a vida de trabalhadores que moram longe de seus trabalhos e/ou dependem do transporte público, que é caro, de péssima qualidade e está sempre lotado.
Aqueles que optam por transportes individuais também encaram problemas, o mais grave deles é o trânsito, principalmente nas grandes cidades. O trânsito mata, devido a acidentes que nele acontecem. O trânsito polui, são milhões de toneladas de substâncias nocivas jogadas na atmosfera todo ano, principal fonte de poluição. O trânsito rouba tempo de seus cidadãos, esse tempo perdido reflete na economia, são perdas por produtividade desperdiçada e perdas com saúde, combustível e transportes de cargas.
A razão pela qual muitos brasileiros optam pelo transporte individual, apesar de todos os problemas, é a péssima qualidade do transporte público, por isso a melhora desse transporte é necessária. A fim de reduzir a quantidade de carros nas ruas, também são alternativas a ampliação da rede de ciclovias e a criação de zonas exclusivas para pedestre. Alguns países já implantam o pedágio nas áreas centrais e o rodízio de carros. As grandes cidades brasileiras precisam de ações do governo municipal, estadual, e federal para mudanças, com o propósito de melhorar a sua mobilidade urbana, e consequentemente a qualidade de vida de seus cidadãos.


Ana Clara Paris Kemp – 3ª EM

Sociedade

A vida em sociedade é um desafio diário e trabalhoso, cada indivíduo passa por diferentes situações, tem diferentes ideias e pensamentos. O Estado é o órgão controlador da sociedade, para alguns, ele é essencial para outros não, mas a participação política é necessária, pois se não há participação política não há vida em sociedade.
Um obstáculo na vida moderna é o preconceito, que cada vez mais é demonstrado em páginas da internet. A sociedade é diversificada, existem várias ideias, modos de viver, pensar e agir, porém há pessoas que não aceitam isso e espalham esse ódio na internet, cometendo crimes.
Segundo o filósofo Aristóteles, somente vive em sociedade o indivíduo que participa ativamente da política, e o ensino da filosofia é necessário, pois a partir da mesma, o indivíduo se conscientizará que o respeito às regras sociais é importante e suas ações visarão o bem comum, somente o medo das leis não garante o respeito às regras.
Já para Hobbes, a existência de um órgão controlador se mostra necessária. Pode-se citar como exemplo o que aconteceu recentemente no estado da Espírito Santo: mulheres e mães de policiais, ao protestarem em frente a quartéis e batalhões, impediram a saída dos policiais militares para o policiamento nas ruas, fazendo com que o Estado ficasse em um caos total. Roubos aconteciam a todo momento e também houve mortes.
Em síntese, esse desafio se torna mais difícil se encontrar no meio dele o preconceito, e o ódio. Um órgão controlador é preciso, mas a sociedade não deve temê-lo e sim respeitá-lo, respeitando as regras sociais e visando o bem comum, isso só é possível com o ensino da filosofia, portanto, deve-se ter as matérias de filosofia e sociologia nas escolas principalmente no ensino médio.


Ana Clara Paris Kemp – 3ª EM

Desafio Complexo

Viver em sociedade requer muita paciência e compreensão, pois é um desafio complexo, que muitas vezes acaba acarretando violências verbais, físicas ou psicológicas.
Segundo Hobbes: “O homem é lobo do homem”, ou seja, o homem nasce mau e para sua sobrevivência e seu benefício, acaba sendo o inimigo dos outros, o que acaba acarretando em guerras e conflitos que poderiam, muitas vezes, terem sido evitados. Para evitar esses conflitos, criaram um contrato social, em que o Estado tem o poder sobre os homens para manter a ordem e a boa convivência.
Quando o Estado não consegue manter o controle e acaba “falhando” na repressão, isso faz com que o contrato seja quebrado, gerando, assim, conflitos, pois o homem tende a “fazer justiça com as próprias mãos” quando tem a impressão de que o Estado não está fazendo justiça em relação ao seu ponto de vista.
Na sociedade, existem determinados grupos que se sentem “superiores” ao resto da população, o que causa o preconceito, e a partir daí esse grupo considerado “inferior” acaba sofrendo discriminação social e muitas vezes sofrendo agressões físicas. Na história, temos muitos exemplos de grupos sociais que sofreram por serem “inferiores”, como: os judeus na Segunda Guerra Mundial, os africanos, que por muito tempo foram escravos nas colônias europeias, entre outros.
Portanto, a vida em sociedade é complexa e se os indivíduos não conseguirem ter autocontrole, acabam “saindo dos limites”, o que causa conflitos, muitas vezes desnecessários, que podem ter muitas consequências terríveis para muitas pessoas. Para ter esse autocontrole e respeito, os professores, nas escolas, podem desenvolver projetos com as crianças visando incentivar essa compreensão. Quanto à conscientização dos adultos, o governo pode realizar campanhas incentivando o convívio social de forma respeitosa e mostrando as consequências geradas pelos conflitos.

Ana Carolina M.S. Montefusco  - 3ª EM